Quando a noite escura
Do dia tomar posse,
Não quero estar vivo
Quero que me tome a morte.
Quando a solidão chegar
E minha vida atropelar
De espanto ficarei
Estátua.
Quero estar morto, se
No mundo aparecer,
A desgraça, o desagrado
Em minhas veias a correr.
A vida já é inútil.
A dor não sinto mais.
Finjo que vivo, vegeto.
Sofro. Minh’ alma não morre.
Eterna alma não vira pó.
Vive, vive, inflama.
Meu corpo morto, remoto,
Reclama a vida sem posse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário