Observando
O
gotejar do soro
Suspenso
No
único “veículo”
Que é
possível
Manobrar
Nos
corredores-pista
Do
inevitável local...
As
horas passam
Devagar,
devagar...
Quase
parando.
E a
vida vai
Lentamente
se arrastando.
Pela
janela
O
amanhecer
O
entardecer
Passeiam
como se fossem
Visitantes
indesejados
Que só
aumentam
A
ansiedade pela espera
Do
retorno ao lar.
Contam-se
os dias
Pelas
trocas
De
enfermeiras, curativos
E pela
visita típica
Rápida
“de médico”.
Muitos
ais, ais...
Muitos
filhos, esposas,
Maridos,
avós,
Pais...
Internados,
visitando,
Cuidando.
Fazendo
o que se pode
Antes
que seja tarde demais.
Alguns
risos,
Muitos
amigos
De
dores, de roncos (daqueles que parecem tratores)
De
conversas,
Noites
a fio,
Sobre a
vida
E as
mudanças
Que a
dor lhes infringiu.
Aqui, a
vida passa
Devagar,
devagar...
Observando
a lentidão
Do soro
a gotejar.
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